terça-feira, fevereiro 23, 2010

PÓ(s)




Esse cheiro me assusta
Esta cor me empalidece
Escura
Escuta
Meu silencioso acorde
A cor de pele sem estampas
À flor da leve sonata que acorde
Deste profundo adormecer
Harmonizar
Harmonia
Agonia
Antônia
Fulana
Mas houve um bom cheiro
Defenestrado
Demasiado
Recolhido
Amarelo
Qual medo
Indefeso
Almas dispersas
Harpas desafinadas
Desafiadas
Avessas
Anorexas
Cadarços soltos sem laços
Calabouços
Camurça molhada
Encharcada
Ligação instável
Vulnerável
Mas, unida de alguma forma
Inexplicável
Inquebrável
Superior as temerosas
Catástrofes
Temos rosas
Plantadas em vasos de vento
Cicatrizadas
Eternizadas
Não é preciso
Ficar junto
Para que haja união
Nem a quebra é necessária
Para a cisão
É o que verte dos olhos
É o que veste dos ombros
Aos tornozelos
E protege o desprotegido
Desprevenido
De sorte
De inquietude
Queria
Ser como você
Crescer sem temer
Sou apenas
Um grão
De pó
Que
O vento leva

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